Seminário "Xamanismos guarani contemporâneos: discursos sobre ‘medicina tradicional’ e identidade indígena no Brasil.", com Isabel Santana de Rose (UFMG)

Olá a todos!

O GEEARQ ( Grupo de estudo em Antropologia e Arqueologia) dando continuidade ao projeto Seminário com a Pós-Graduação, dia 22 de Maio, no Auditório Prof. Luiz Bicalho, convida Isabel Santana de Rose para exposição.

Abaixo segue resumo da apresentação e em anexo o cartaz:

Xamanismos guarani contemporâneos: discursos sobre ‘medicina tradicional’ e identidade indígena no Brasil.

Pesquisadora: Isabel Santana de Rose (FAFICH/UFMG)

Este trabalho examina a adoção do uso ritual da ayahuasca e de uma série de outras práticas rituais, como otemazcal e a busca da visão, na aldeia guarani de Mbiguaçu, litoral sul de Santa Catarina. Há décadas a substância psicoativa conhecida como ayahuasca vem sendo identificada com o xamanismo e a medicina tradicional indígena. Desde os anos 1990 o uso desta bebida vem se expandindo para além da região amazônica e se disseminando entre populações urbanas em diversas partes do mundo. Ao mesmo tempo, tem aumentado o interesse por outras práticas rituais de origem ‘indígena’, como é o caso do temazcal e da busca da visão. Argumento que este processo está vinculado à expansão das políticas de identidade entre os grupos indígenas brasileiros, bem como ao crescimento das políticas públicas que promovem a diversidade cultural. No caso que analiso, a adoção do uso da ayahuasca e outras práticas rituais faz parte de um processo de revitalização cultural mais amplo que envolve iniciativas e atividades vinculadas principalmente às áreas de xamanismo, educação e saúde. Estas iniciativas são articuladas a partir das ações dos moradores de uma aldeia Guarani específica, em especial dos integrantes da família extensa que lidera esta comunidade.

Palavras-chave: medicina tradicional; diálogos; indígenas guarani; xamanismo.

Facebook do Geaarq:https://www.facebook.com/pages/GeaarqUFMG/209603799098066?fref=ts

Seminário ""A Constituição de 1988 e a ressignificação dos quilombos Contemporâneos: limites e potencialidades", com Carlos Eduardo Marques (UNICAMP)

Olá a todos!

Dando continuidade ao projeto Seminário com a Pós-Graduação, dia 08 de Maio, Auditório Prof. Luiz Bicalho nossa conversa será com  Carlos Eduardo Marques (UNICAMP), mestre pelo  PPGAN/UFMG, e aluno de doutorado em Antropologia Social pela UNICAMP.

Abaixo o resumo e o link para o artigo de mesmo nome da apresentação:

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092013000100009 

Resumo: O artigo pretende analisar a questão do direito das comunidades tradicionais quilombolas no Brasil a partir de uma perspectiva político antropológica. A análise focaliza a crescente visibilidade do direito étnico na esfera pública brasileira e sua tematização na tripla dimensão de justiça, qual seja, reconhecimento de identidades e direitos, redistribuição material e simbólica e representação política. Pretende-se investigar as características decorrentes do fato de esta identidade aparecer no plano do direito legislativo, visto que é o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 que inaugura esta forma passadista de reinscrição das comunidades quilombolas no presente, muito mais voltado para o passado do que pela capacidade de esses grupos resignificarem suas práticas diante dos desafios e das contingências impostas pelo contexto socioeconômico e político atual.